A disputa judicial entre a família Klabin e a Gafisa ganhou um novo capítulo. Amanda Klabin conseguiu na Justiça a penhora de parte das cotas do fundo de investimento multimercado Bergamo, cuja titularidade é da construtora. A Gafisa já tentou impedir a execução dessas cotas, alegando que a participação no fundo foi alienada ao Banco Master. No entanto, a defesa de Amanda Klabin argumentou que os aportes da Gafisa no veículo demonstravam que nem todas as cotas estavam cedidas ao banco. Amanda Klabin, além de pedir a penhora de cotas do Bergamo, solicitou a execução de bens de empresas que fariam parte do mesmo grupo econômico da construtora. O pedido foi negado, pois seria necessário fazer antes a "desconsideração da personalidade jurídica". A defesa de Amanda Klabin contestou a decisão, alegando que não se trata de pedido de penhora de ativos detidos por outras sociedades, mas sim de ações que integram o patrimônio da própria Gafisa. A disputa entre as partes se arrasta há anos, com os herdeiros da Klabin tentando obter a penhora de bens da Gafisa após a construtora interromper os pagamentos acordados em contrato pela compra da incorporadora Bait, pertencente à família Klabin.