As taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs) subiram pelo terceiro dia consecutivo, impulsionadas por indicadores econômicos positivos e preocupações fiscais. O crescimento do PIB acima do esperado, aliado a dados de emprego formal e consumo aquecido, reforçou a percepção de que o Banco Central pode postergar a redução da taxa básica de juros. O cenário é agravado pela incerteza em relação ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e por declarações políticas que geram apreensão no mercado. A pressão sobre os DIs também reflete um movimento global de aversão ao risco em países emergentes. As taxas dos contratos futuros de DI com vencimentos em 2026, 2027, 2031 e 2033 apresentaram alta, com destaque para o contrato de 2027, sensível às expectativas sobre o início do ciclo de corte da taxa Selic. A curva de juros precifica majoritariamente a manutenção da Selic na próxima reunião, mas as apostas em um aumento residual ganharam força.