Acionista minoritário da BRF solicitou o adiamento da assembleia que votará a incorporação da empresa pela Marfrig, questionando a legalidade do processo. A principal alegação envolve a compra de ações da Marfrig pelo controlador, sua esposa e uma empresa supostamente ligada a eles, totalizando cerca de R$ 400 milhões, durante as negociações da fusão. A gestora argumenta que a relação de troca de ações proposta (0,8521 ação da Marfrig para cada ação da BRF) é desfavorável aos minoritários da BRF, considerando um laudo que aponta uma relação superior a 2,26. A compra de ações pelo controlador durante a negociação, concomitantemente à relação de troca desfavorável, configuraria transferência de valor dos minoritários para o controlador. A petição também questiona a distribuição de dividendos apenas para acionistas remanescentes na BRF após a operação, a omissão de documentos relevantes e a independência dos comitês envolvidos na negociação. A CVM foi acionada para apurar as denúncias antes da assembleia.