Livro de historiador analisa a influência militar na política brasileira desde a Proclamação da República, detalhando 13 golpes ou tentativas de golpe. O autor argumenta que o Exército historicamente desrespeitou a democracia, rompendo a legalidade constitucional em diversas ocasiões. A obra explora a "utopia autoritária" dos militares, que acreditam que o Brasil se tornaria uma grande potência se livrasse de entraves como o comunismo e a corrupção política. O autor defende a revisão do artigo 142 da Constituição, que trata do papel das Forças Armadas, considerando-o um facilitador do intervencionismo militar. A recente tentativa de golpe é brevemente citada, justificada pela necessidade de tempo para análise historiográfica mais profunda. O livro questiona a falta de punição para militares golpistas ao longo da história e a resignação da sociedade civil em confrontá-los.